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Sismografias de Vizinhan​ç​as Vol. I (GCSA 28)

by Vários Artistas/ Various Artists

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Entrem no trem fantasma E se assustem várias vezes Com as próprias imagens Refletidas nas faces dos deuses Quantos deram as vidas Pra que nada acontecesse? Pra que nada acontecesse? FANTASMA, FANTASMA AGORA ENTREM NO TREM AGORA ENTREM NO TREM Solavancos se nutrem no trem Desenganos se nutrem no trem RÔ MERI MARÔ MERI MÁ AGORA'EN TREM NO TREM Insalubres circulam no trem Seus abutres se nutrem no trem Inverdades se nutrem no trem Maus-agouros se nutrem no trem Às de ouros faz trinca no trem Enoção? Multiplica por 100!
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4ZERO4 - Continuo #8 (free) 07:36
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LUVEBOX FX - FX 34 (free) 07:50
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about

Also available on Archive: archive.org/details/sismografiasvol.1

Este grande projeto de compilação que é Sismografias de Vizinhanças tenciona abarcar esta nova música experimental brasileira que pode ser verificada a partir dos anos 2000, sobretudo com o advento da internet a partir dos anos 1990. A popularização de tecnologias de gravação permitiu que houvesse uma nova expansão do ideário punk do DIY - Do It Yourself; e, consequentemente, uma nova geração de músicos se confunde com veteranos ao assimilar uma música absolutamente adversa às expectativas vigentes da indústria musical. Trata-se de traçar um histórico sobre o que considero ver como a tendência predominante no underground musical brasileiro, especialmente porque propiciada por essa já mencionada independência de produção.

Entretanto, esta compilação não se pretende ser cronológica. Pretende-se aqui abordar as diversas tendências que a produção brasileira da música experimental em suas convergências, como também divergências. Perceber diálogos de projetos musicais aparentemente díspares, como também conflitos em outros projetos aparentemente similares. Não estamos mais numa época em que o mercado era a voz que dominava as tendências, apesar de estarmos situados nos tempos dos agronegócios, das balas e das Bíblias deturpadas por aí - e, com isso, uma música que não se quer conscientemente participante dos processos socioeconômicos, mas, ironicamente, sendo parte do processo. Sismografias de Vizinhanças pretende fazer o elogio do discurso de contestação a um status quo. E nisso, certamente poderemos encontrar um ponto em comum entre todos os artistas selecionados, com ou sem palavras em suas músicas. O discurso da diferença, não o da indiferença. Não sendo nostálgico às fórmulas musicais do passado, mas sendo vitalmente parte de nossa contemporaneidade.

O volume 1 tem uma seleção que começou sendo, antes de tudo, pessoal de minha parte. Selecionei artistas que, em sua maioria, tiveram caminhos traçados que convergiram com os meus, de alguma maneira. Tracei aqui suas afinidades a partir do fato de que há uma preocupação com o contar uma narrativa de um discurso sonoro. Suas explorações servem a propósitos conceituais de real impacto e criatividade.

As sismografias prosseguirão em busca de novos abalos sísmico-sonoros em novos volumes. Boa viagem!

Löis Lancaster, “Trem Fantasma da Vasconcelândia”: Uma cartão de visita a todo um universo. Uma história macabra, contada por uma xen-harmonia e por cantos tanto convidativos quanto contestadores.

4zero4, “Continuo #4”: Postkraut com um groove fantasmagórico. Há um baixo que ressoa por entre camadas de eco de modo a comunicar siderações com uma hipnótica guitarra e flauta...

Animal Cracker, “Clases de Piano”: Outra faixa em que o baixo tem presença hipnótica, num riff que determina todos os outros acontecimentos instrumentais; e uma grande ironia, pois o que poderia ser um piano, são sutis silvos extremamente agudos em um dos canais.

George Christian, “Falso Alarme”: uma música feita em estado de pane tecnológica, de não-domínio das circunstâncias absolutamente defeituosas, imperfeitas. Um blues minimal e ruidoso.

bruno nobru, “Ainda Hoje”: Solidão urbana e outsider de quem se sente num conflito interno imenso. Dois violões em afinação alternativa corporalizam um simples tema em agoridades.

Guilherme Darisbo, “Rambla #1”: Notas distantes de uma infância perdida introduzem inesperadamente a percussividade de uma guitarra solitária. Voltar à África ou percebê-la em contexto de isolamento urbano?

Beto Jr., “Quiromusicomancia”: Linhas estendidas e traçadas por guitarra, fagote e eletrônica em convulsões musicais, densidades e alaridos comunicados por uma estrutura triádica e uma surpreendente química de sonoridades imprevistas.

Heitor Dantas, “Sirena Sirene”: Entre a comunicação de redes e ruídos industriais, os silêncios surgem de modo eloquente, em que a contração cede-se a uma implosão.

Luvebox, “FX 34”: Pós-modernidade líquida. Melodizações evocativamente românticas entre sinuosas camadas em uma trilha ácida conduzida por guitarras e sintetizadores.

Isabel Nogueira & Luciano Zanatta, “impermanente movimento 4, mari ou do dia em que morreu um rio”: Vozes femininas superpostas em eletrônicas reiterações e desacelerações, em impermanente movimento, em fluxos de camadas que resgatam almas mortificadas.

Antoine Trauma, “Ruído Intravenoso”: um riff hipnótico, batidas vigorosas, ruído em drone, discursos intraduzíveis, num átimo. Dançante e pensante, mas numa profunda tensão e intensidade.

Flávia Goa & Dibuk, “Soma”: o mistério do feminino assomando-se em paisagens, cordas e vozes absorvidos em sutis sonoridades sintéticas, atmosfeéricas.

André de Castro & Leandro de los Santos,”Fornicatrices Nocturnae”: um saxofone agoniza ecoando reiteradas evocações em diálogo com uma guitarra de rítmica cortante, em uma sinergia de conflitos.

Solavanco da Primavera, “Enigmas e Talismãs”: eletrônica lo-fi, teclado vintage e feedbacks alienígenas traduzem em sons o Universo em Desencanto lido em paródica retórica. Ao final, o intenso mistério. LEIA O LIVRO!

credits

released September 7, 2019

Compilação produzida por George Christian
Arte e design: Löis Lancaster
Finalização de design: George Christian


O curador George Christian agradece a todos os artistas que se fizeram gentilmente presentes neste projeto.

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all rights reserved

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about

George Christian / GC Sound Artifacts Salvador, Brazil

Guitarist, singer and songwriter George
Christian is a musician with a prolific activity in the field of independent online music, with the electric guitar as his main instrument in several instrumental explorations.

GC Sound Artifacts is a personal label created by the composer George Christian in 2010 and a household name for his productions.
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